A bibliotecária Sigrid Karin Weiss
Dutra, diretora da DGI participou na última semana em Brasília dos eventos: 4º Seminário
sobre Informação na Internet, o III Congresso Ibero Americano de Gestão do
Conhecimento e Inteligência Competitiva e o 10º Workshop Brasileiro de
Inteligência Competitiva e Gestão do Conhecimento. O mesmo foi marcado pela
realização dos painéis sobre a Transparência Governamental e dados abertos e
Gestão da Informação Pessoal, Gestão da Informação para o conhecimento e tomada
de decisão, o profissional de Inteligência Competitiva e Gestão do
Conhecimento.
Os jovens e as mídias sociais, a
privacidade e a redes sociais, o acesso aberto e direitos autorias, o livro
eletrônico no Brasil, etiquetagem social e folksonomia e a preservação digital
foram temas dos painéis.
Destacam-se os resultados do relatório
Percepções das Bibliotecas, disponível em: www.oclc.org/reports/2010perceptions.htm,
que aborda o comportamento dos jovens na busca e informação e como as
bibliotecas devem estar atentas a esse comportamento para pensar seus serviços,
seus websites, sua atuação nas redes sociais, etc.
Daniel Pimienta da Funredes funredes.org
mencionou a revolução FACETWEETCAM, falando do cenário atual em que as pessoas
estão conectadas via facebook, twitter
e câmara. Comentou dos
movimentos políticos de seu país, da formação política dos jovens, da grande
revolução que acontece, mas que não usa armas. Apresentou um quadro comparativo
entre o comportamento dos nativos digitais e dos dinossauros digitais, e chamou
os nativos digitais de infodiabéticos, ou seja, eles bebem (recebem) tanta
informação que não a absorvem, imediatamente abstraem, pouco do que vêem é
assimilado.
Diante disso se apresenta um desafio
aos professores e aos bibliotecários: fazer com que os nativos digitais
metabolizem a informaçao e a transformem em conhecimento, que devem investir
fortemente na alfabetização informacional.
Robson Santos da Silva da EADAMAZON
falou sobre de que forma utilizar as redes sociais para contribuir com a
educação de jovens. Destaca a falta de visão crítica e o excesso de exposição
no atual cenário. www.eadamazon.com .
Jaime Rios da UNAM e Gerente do escritório Regional da IFLA para América Latina e Caribe, abordou a questão ética nas redes sociais. As redes sociais sob a ótica da ética: executam ações suscetíveis de qualificação moral, tem consequências para um conjunto de pessoas. O sujeito moral e a normatização devem considerar: os direitos e as obrigações.
Em relação à gestão da informação
pessoal, Jesus Lau aconselhou que devemos dedicar 10% do nosso tempo para
gerenciar nossos arquivos e devemos ser mais efetivos e eficientes em nossas
tarefas, pois só assim projetaremos uma imagem de organização pessoal. Orientou
sobre o uso de nomenclatura dos arquivos e datas para uma melhor organização,
que nossos arquivos nunca devem estar em menos de 3 ambientes diferentes para
não correr o risco de perdê-los, usando para isso softwares, sistemas em
nuvens,etc. Inclusive mencionou a construção de seu próprio repositório pessoal
usando Jomla, Drupal, Dspace,etc.,
para arquivar seus textos,documentos, etc. Mencionou os serviços nas nuvens
como Dropbox, Minus, Google, etc.
Abel Reis da Agência Click que atua
com marketing digital abordou: Gestão pessoal X Publicidade. E relatou como
tudo que postamos em redes sociais é monitorado e aproveitado para conhecimento
do perfil e comportamento do consumidor. Abel falou ainda do desafio das
agências na maneira de engajar as pessoas e fazer com que a marca passe fazer
parte da vida do consumidor. Usam as Bases de dados Sociais para atingir seus
objetivos. Ex: Um trabalho que realizaram para a Embratur para divulgar o
turismo de aventura - selecionaram um grupo, por faixa de idade,sexo, domicílio
e gosto por esportes radicais. Isso tudo eles conseguem extrair do facebook, twitter, etc.
Essa é a publicidade do futuro. Com
isso podemos refletir sobre o nível de privacidade que temos que adotar em
nossas redes sociais, permitir ou não permitir que tudo sobre nós seja visto.
O fotógrafo Clício Barrozo abordou o fluxo
digital e a organização de arquivos fotográficos. Citou um Guia Universal para
digitalização de imagens do UPDIG, uma iniciativa internacional
dedicada a promover padrões mundiais para o trabalho com imagem digital "Guia
Prático Universal para Imagens Digitais" www.updig.org/guidelines/guidelines_menu.html
.
O bibliotecário Carlos Cecconi do
Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI/BR) por diversas vezes em moderação de
mesa deu destaque ao marco Civil da Internet, em votação nessa semana edemocracia.camara.gov.br/web/marco-civil-da-internet
e o Decálogo da Web www.w3c.br/decalogo/.
Guilherme de Almeida do Ministério da Justiça falou de questões conceituais:
dados pessoais, intimidade, vida privada, honra e imagem e mencionou alguns
marcos legislativos, com maior foco na Lei do Acesso a Informação, e ainda o
Anteprojeto de Lei de Proteção de Dados Pessoais, que considera o cidadão
titular dos dados, define princípios, direitos e hipóteses de exceção, e prevê
o estabelecimento de requisitos de segurança e estipulação de sanções e
menciona também como a privacidade é abordada no marco Civil da Internet.
No painel sobre preservação destaca-se
a fala de Victoria Reich da Standford
University que apresentou o projeto colaborativo de preservação digital - LOCKSS, liderado por aquela naquela
universidade www.lockss.org/.
Eles fornecem para bibliotecas e editoras, com baixo custo, ferramentas de
preservação digital open
source, para preservar e dar acesso persistente e de qualidade ao
conteúdo digital. As Bibliotecas precisam ter garantia de que o conteúdo digital
que adquirem hoje não vai desaparecer quando cancelarem assinaturas, e que suas
coleções eletrônicas podem ser preservadas e acessadas pelos leitores em um
futuro distante. Editores precisam saber que a integridade de seu conteúdo
baseado na web
permanecerá inalterada e disponível em perpetuidade, mesmo se o seu próprio
site não está mais disponível. O Programa LOCKSS
foi formado pela comunidade de bibliotecária em resposta a essas necessidades e
preocupações.
Da
esquerda para a direita: Jaime Rios Ortega (UNAM), Sueli Angelica do Amaral
(UnB),
Sigrid karin Weiss Dutra (UFFS) e Carlos Cecconi (CGI.BR)



